sábado, 7 de fevereiro de 2009

PROFESSOR

Por Luci Ane G. Melo(25/10/08- 17:30)

Sou o que sou.

Sou professor.

Sou muito mais do que penso e sinto que sou.

Sou da elite intelectual desse país,

ou deveria ser,

apesar de poucos assim reconhecerem

O que não me torna melhor nem pior a ninguém.

Não pertenço a nenhuma classe social nem racial em especial.

Convivo com as diferenças, as indiferenças e as intolerâncias.

Dizem que sou responsável pelo mundo que quero ver.

Mas não me vejo com tantas forças e poderes para tal fazer.

Isolada e sozinha não sou muito.

Em grupo, talvez essa força e poder,

Possam então aparecer.

Mas como ser?

se o grupo não tem unidade.

Como posso pensar em coletivo,

Se o coletivo não vislumbra uma unidade?

Fadada estou a ser apenas um coitado professor?

Poderia ter sido doutor,

Mas a voz da razão calou,

Então virei professor.

Preocupo-me com meus pupilos

Gostaria que fossem doutor

Ou talvez quem sabe locutor,

Mas professor.....

Não senhor.

Pois na sociedade não tenho valor.

Por que então continuo professor?

Para ser o que sei que sou,

Um velho e teimoso professor.

Explode coração.....

As meninas do Brasil

Por Luci Ane G.Melo (22/09/08- 9:30)
Meninas que vão a escola
Que levam em sua sacola
A esperança do amanhã.
Meninas nem sempre amadas,
Mesmo parecendo coitadas
Pensam e sonham em viver.
Vivem sonhos verdadeiros,
Mas não esquecem os pesadelos
Das noites mal dormidas
E dos dias de solidão.
Meninas cheias de graças
Que nenhuma desgraça
delas irá alcançar.
Meninas zombeteiras
Serão sempre as primeiras
Na listas dos homens maus.
Que meninas são estas?
É aquela que não presta?
Ou será que já prestou?
Presta e empresta seus sonhos
pra aquele que já pagou.
Meninas, segundo as más línguas,
Será sempre a preferida
No castelo do senhor.
Meninas, porém desoladas,
Pois não sabem
como é a estrada
da vida que já trilhou.
Meninas? sim, meninas.
Muito mais do que meninas
Serão sempre as pretendidas
do mais variado doutor.
Será que estas meninas
querem viver de favor?
O mundo lhes deixou as marcas
Da vida que não sonhou.
A vida destas meninas,
Que a tantos poetas fascina,
Deve por tanto mudar.
Melhorando suas vidas
Mostrando que são queridas
E que o mundo lhes quer bem.
Que loucura é essa vida...
Mesmo sendo bem vivida
Não sabemos se poderia melhorar.
Uma coisa eu constato,
Que de fato,
devemos viver e lutar.
Buscando viver direito
Ajudando outros sujeitos
A poder se encontrar.

A chuva e a vida

Chove II- reiniciando à vida
Por Luci Ane G.Melo
(02-02-2009- 10:30)

Chove muito lá fora
E dentro de mim
Chove muito também.
O Sol que esquentou os meus dias
Achou de fugir e a chuva pegar.
Que gosto terá a água da chuva?
Gosto de vida ou gosto de poluição?
Que confusão está esse meu coração
Que não sabe a diferença
Entre vida e razão.
Quem aceita um tostão para achar
a razão
Perdida dessa pseudo poetisa
louca da vida?
Quem é essa maluca
Que teima em brincar de rimar,
Não dando bola nenhuma pro azar?
Sei lá.
Então vai ficar parado no ar
Tudo que quero rimar.
A chuva se foi
e o Sol de mansinho está a chegar
Pra esquentar e restaurar a vida
que a chuva trouxe pra cá.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O verdadeiro som

A canção dos amantes
Por Luci Ane G. Melo (03-02-2009-11:00)

Que canção é essa tão pulsante?
Que faz da vida uma aventura errante?
Que derruba muros e castelos gigantes?
É música suave para se ouvir distante.
Som de trompetes e tão assim galante.
Quem ouve essa melodia
não quer saber de outra.
Quem ainda não ouviu
não sabe o que perdeu.
Então por que meu Deus
Que eu não tenho um som assim tão somente meu?
Busco nas trincheiras e nas sacristias.
Quero toda hora e por todo dia.
Quero um amor total,
Não apenas carnal.
Amor muito especial
De entrega geral.
Sem limite e sem final.
Pode ser até marginal.
Não só sentimental,
muito menos ocasional.
Quero que seja vibrante
E muito,muito atuante.
Que não respeite fronteiras e muito menos barreiras.
Fico aqui parada pensando besteira,
Quanta asneira.
Onde está o que senti e o que já quis?
Eu não sei o que fiz da vida para ser feliz.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Chove chuva

Chove
Por Luci Ane G.Melo
(02-02-2009- 10:00)
Que tédio,
Que remédio?
Fazer poesia sem Sol.
Mas a chuva também tem sua beleza
E realeza,
Pois dá vida ao matagal.
Que legal, vou versando
Versos molhados de chuva
Sem saber no que isso vai dar.
Alto lá,
Não menospreze a beleza da chuva
Sua rima sempre combina
Com natureza e a leveza da beleza
Dos primeiros madrigais.
Onde quero chegar?
Sei lá.
Só sei que vou chegar
E achar tudo molhado por lá.
E sentir a brisa leve no ar.
O cheirinho da terra molhada
Me deixa emocionada
Pensando na vida
Que ali irá brotar.
Devagar a vida se faz presente,
Mesmo que exista enchente.
Ela também faz parte da natureza
E tem lá sua beleza.
Podemos ver até poesia
Ao perceber com alegria
O homem socorrendo o irmão
No meio da inundação
E estendendo sua mão
Dando um pouco de seu pão
Pra servir de alimentação
Para seu desconhecido irmão.