sábado, 7 de fevereiro de 2009

PROFESSOR

Por Luci Ane G. Melo(25/10/08- 17:30)

Sou o que sou.

Sou professor.

Sou muito mais do que penso e sinto que sou.

Sou da elite intelectual desse país,

ou deveria ser,

apesar de poucos assim reconhecerem

O que não me torna melhor nem pior a ninguém.

Não pertenço a nenhuma classe social nem racial em especial.

Convivo com as diferenças, as indiferenças e as intolerâncias.

Dizem que sou responsável pelo mundo que quero ver.

Mas não me vejo com tantas forças e poderes para tal fazer.

Isolada e sozinha não sou muito.

Em grupo, talvez essa força e poder,

Possam então aparecer.

Mas como ser?

se o grupo não tem unidade.

Como posso pensar em coletivo,

Se o coletivo não vislumbra uma unidade?

Fadada estou a ser apenas um coitado professor?

Poderia ter sido doutor,

Mas a voz da razão calou,

Então virei professor.

Preocupo-me com meus pupilos

Gostaria que fossem doutor

Ou talvez quem sabe locutor,

Mas professor.....

Não senhor.

Pois na sociedade não tenho valor.

Por que então continuo professor?

Para ser o que sei que sou,

Um velho e teimoso professor.

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