Por Luci Ane G. Melo(25/10/08- 17:30)
Sou o que sou.
Sou professor.
Sou muito mais do que penso e sinto que sou.
Sou da elite intelectual desse país,
ou deveria ser,
apesar de poucos assim reconhecerem
O que não me torna melhor nem pior a ninguém.
Não pertenço a nenhuma classe social nem racial em especial.
Convivo com as diferenças, as indiferenças e as intolerâncias.
Dizem que sou responsável pelo mundo que quero ver.
Mas não me vejo com tantas forças e poderes para tal fazer.
Isolada e sozinha não sou muito.
Em grupo, talvez essa força e poder,
Possam então aparecer.
Mas como ser?
se o grupo não tem unidade.
Como posso pensar em coletivo,
Se o coletivo não vislumbra uma unidade?
Fadada estou a ser apenas um coitado professor?
Poderia ter sido doutor,
Mas a voz da razão calou,
Então virei professor.
Preocupo-me com meus pupilos
Gostaria que fossem doutor
Ou talvez quem sabe locutor,
Mas professor.....
Não senhor.
Pois na sociedade não tenho valor.
Por que então continuo professor?
Para ser o que sei que sou,
Um velho e teimoso professor.
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