sábado, 9 de janeiro de 2010

A Vida...


A
Vida
em
Minha árvore
Por Luci Ane G. Melo-
Minha árvore genealógica
É bem legal
Tem meu pai e minha mãe,
Tem irmãos e irmãs
Que também amo de paixão
Minha avó Maria bem doidinha
E a vó Jovem bem bonitinha...
Meus tios e tias,
Que pouco conheci também estão ali.
Os amigos e amores visitam-na sem parar
Nessa árvore muitas pássaros vieram morar
Convidadas ou mesmo sem se quer lhes convidar.
Nela eles fizeram seus ninhos
Juntaram nossos filhos
Com os seus filhotinhos.
Minha árvore é de uma espécie rara...
Alguns a Chama de árvore da vida
Eu gosto de chamá-la
De árvore da paixão,
Pois nela sinto e colho inspiração.
Ela está plantada bem no fundo do meu coração
Suas raízes são profundas que nada destruirá
Nem mesmo
a pior tempestade
ou seca de rachar
Nela poderá tocar.
09-01-2010

3 comentários:

Minha Casa - meu corpo disse...

meffiOlá Ciane também estou com saudades.
Eu gostei deste texto porque o achei muito pratico é quase um manual... Se agente conseguir seguir. Pode usar o que você quiser em suas aulas. Tem postagens interessantes no blog de histórias também.
Beijos
Nice.

Minha Casa - meu corpo disse...

Ciane, este texto que eu estou te passando é muito importante para mim. Tem um significado afetivo.

O PRESENTE DO INDIOZINHO

Numa cidadezinha do interior havia uma escola com uma única classe e uma professora.
Ela lecionava para todas as crianças da cidade. Ela amava as crianças e as crianças também a
amavam muito. No dia do mestre, as crianças estavam agitadíssima mas, cada uma querendo
entregar primeiro o seu presente à professorinha: os filhos do dono da chácara trouxeram uma
cesta de frutos, cada um mais bonita e cheiroso que o outro; os dois ruivinhos, filhos do dono da
granja, trouxeram uma boa quantidade de ovos; a menina gorduchinha, filha da cozinheira, trouxe
um belo de um bolo; os três pequerruchos da Fazenda União trouxeram um cabrito e o menino índio,
único índio na escola, lhe deu uma concha.
A professorinha ficou encantada com o nacarado da concha e colocou-a logo no ouvido
para escutar o barulho do mar que a concha reproduzia. Ela estava embevecida quando reparou
que o menino índio tinha os pés e as pernas muito empoeirados, a unha do dedão quebrada, o
short, além de gasto, estava sujo, a camisa molhada de suor revelava braços e mãos imundos e
os rostinho: Ah! Nem se fala! Naquele rosto encardido, os olhos faiscavam de alegria. Só no
confronto com esses olhos a professora se deu conta de que a praia mais próxima estava a três
horas de caminhada. Considerando a volta, isso significava seis horas de caminhada ininterrupta
e perguntou ao menino:
- Mas você foi buscar essa concha para mim?
E ele respondeu:
- A caminhada faz parte do presente!

Obrigada por fazer parte da minha caminhada neste um ano de convivência.

Histórias de uma Contadora disse...

Oi Ciane. Eu aqui de novo. Lembrei da sua árvore e deu uma coladinha. Agora ela também está plantada no meu blog. De quebra te deixo uma bela história. Abraços frutíferos, Nice.

A Árvore Generosa

Era uma vez uma Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz! Mas o tempo passou e o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou feliz!

Mas o menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!

O menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "venha brincar!"
"Estou velho para brincar", disse o menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu tronco e faça seu barco", disse a Árvore. "Viaje pra longe e seja feliz!"
O menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.
E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o menino voltou.
"Desculpe, Menino", disse a Árvore. "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."
"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", disse a Árvore.
"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.
"Não tenho mais tronco pra você subir", disse a a Árvore.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe ... "
"Já não quero muita coisa", disse o menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar.
Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o menino fez.
E a Árvore ficou feliz.

[de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino]