A
Vida
em
Minha árvore
Por Luci Ane G. Melo-
Minha árvore genealógica
É bem legal
Tem meu pai e minha mãe,
Tem irmãos e irmãs
Que também amo de paixão
Minha avó Maria bem doidinha
E a vó Jovem bem bonitinha...
Meus tios e tias,
Que pouco conheci também estão ali.
Os amigos e amores visitam-na sem parar
Nessa árvore muitas pássaros vieram morar
Convidadas ou mesmo sem se quer lhes convidar.
Nela eles fizeram seus ninhos
Juntaram nossos filhos
Com os seus filhotinhos.
Minha árvore é de uma espécie rara...
Alguns a Chama de árvore da vida
Eu gosto de chamá-la
De árvore da paixão,
Pois nela sinto e colho inspiração.
Ela está plantada bem no fundo do meu coração
Suas raízes são profundas que nada destruirá
Nem mesmo
a pior tempestade
ou seca de rachar
Nela poderá tocar.
09-01-2010
3 comentários:
meffiOlá Ciane também estou com saudades.
Eu gostei deste texto porque o achei muito pratico é quase um manual... Se agente conseguir seguir. Pode usar o que você quiser em suas aulas. Tem postagens interessantes no blog de histórias também.
Beijos
Nice.
Ciane, este texto que eu estou te passando é muito importante para mim. Tem um significado afetivo.
O PRESENTE DO INDIOZINHO
Numa cidadezinha do interior havia uma escola com uma única classe e uma professora.
Ela lecionava para todas as crianças da cidade. Ela amava as crianças e as crianças também a
amavam muito. No dia do mestre, as crianças estavam agitadíssima mas, cada uma querendo
entregar primeiro o seu presente à professorinha: os filhos do dono da chácara trouxeram uma
cesta de frutos, cada um mais bonita e cheiroso que o outro; os dois ruivinhos, filhos do dono da
granja, trouxeram uma boa quantidade de ovos; a menina gorduchinha, filha da cozinheira, trouxe
um belo de um bolo; os três pequerruchos da Fazenda União trouxeram um cabrito e o menino índio,
único índio na escola, lhe deu uma concha.
A professorinha ficou encantada com o nacarado da concha e colocou-a logo no ouvido
para escutar o barulho do mar que a concha reproduzia. Ela estava embevecida quando reparou
que o menino índio tinha os pés e as pernas muito empoeirados, a unha do dedão quebrada, o
short, além de gasto, estava sujo, a camisa molhada de suor revelava braços e mãos imundos e
os rostinho: Ah! Nem se fala! Naquele rosto encardido, os olhos faiscavam de alegria. Só no
confronto com esses olhos a professora se deu conta de que a praia mais próxima estava a três
horas de caminhada. Considerando a volta, isso significava seis horas de caminhada ininterrupta
e perguntou ao menino:
- Mas você foi buscar essa concha para mim?
E ele respondeu:
- A caminhada faz parte do presente!
Obrigada por fazer parte da minha caminhada neste um ano de convivência.
Oi Ciane. Eu aqui de novo. Lembrei da sua árvore e deu uma coladinha. Agora ela também está plantada no meu blog. De quebra te deixo uma bela história. Abraços frutíferos, Nice.
A Árvore Generosa
Era uma vez uma Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz! Mas o tempo passou e o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a Árvore disse:
"Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!"
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou feliz!
Mas o menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!
O menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "venha brincar!"
"Estou velho para brincar", disse o menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu tronco e faça seu barco", disse a Árvore. "Viaje pra longe e seja feliz!"
O menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.
E a Árvore ficou feliz, mas não muito!
Muito tempo depois, o menino voltou.
"Desculpe, Menino", disse a Árvore. "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."
"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", disse a Árvore.
"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.
"Não tenho mais tronco pra você subir", disse a a Árvore.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe ... "
"Já não quero muita coisa", disse o menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado."
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar.
Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o menino fez.
E a Árvore ficou feliz.
[de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino]
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